domingo, 8 de abril de 2012

POEMA EM ANTOLOGIA

O TEMPO ALGOZ BENEVOLENTE

 


Se tens todo o tempo do mundo
basta um segundo
e choras o tempo perdido.
A mão do tempo
oferece e tira.
Açoita e afaga.
Enxuga a face,
serena a alma,
desfaz e tece.
As pernas do tempo
correm para frente,
jamais retrocedem.
Inexistente, o tempo
é invenção algoz e benevolente.
Elo entre o antes e o depois.
Onipotente, o tempo
morde e assopra.
Mofa, enferruja,
enruga e olvida.
Oculta segredos
que teimam em aflorar extemporâneos.
Lento nas angustiantes horas
acelera nas asas da felicidade.
E haja pernas
para correr contra o tempo!
Se é algoz ou benevolente
o tempo passa indiferente.
Ponte entre a vida e a morte.


 1º lugar, no I Concurso da Academia Belojardinense de Letras. Belo Jardim/PE - 2011.

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